Margarida Rebelo Pinto, uma mulher com 46 anos, que
ama e vive apaixonadamente. Sempre soube que queria ser escritora. Foi esta
mulher sensível e atenta, escritora por vocação que amavelmente aceitou o
convite para uma breve entrevista, respondendo a seis singelas questões.
Como agarra os leitores com tanta facilidade, sendo
a escritora que mais vende em Portugal, ainda por cima num tempo de crise?
Porque é como
se eu estivesse a falar da vida das pessoas que me lêem, do que elas sentem,
dos seus problemas, há empatia e identificação. Eu falo por mim, que quando
leio os livros gosto de os sentir, e imaginar. É algo que vem de dentro.
Quando os escreve o que gostava que as pessoas
aprendessem?
A ouvir o seu
próprio coração. Sobretudo os homens. Os homens que são muitas vezes surdos do
coração.
Sofre quando escreve ou escreve porque sofre?
Escrevo porque
sofro. Acho que ninguém sofre a escrever, pelo menos eu que vejo na escrita um
prazer. Quando sofro é quando não escrevo e o pior mesmo é não escrever.
Acha que o seu filho vai seguir também o caminho da
escrita?
O Lourenço é
mais ligado a outras áreas, mas ele lê o que escrevo, sobretudo as mini ficções que falam dele e que por acaso gosta de
as reler com frequência.
Planos para o resto de 2012?
Tenho como plano para 2012 o de ser feliz. E só esse
já me vai dar imenso trabalho porque a felicidade é algo que se constrói.
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